Payada


Os ciclotropeiros
Thiago Silva dos Anjos (Gão)

Não é mamar deitado,
Tropear pelas coxilhas,
Sem maneias nem encilhas,
Sem cavalo e sem carreta.
Quem não pode não se meta,
A querer se achar caudilho,
Pois não precisa lombilho,
Pra se cortar de roseta.

Tem uma indiada baguala,
Que percorre campos e léguas.
Não desfazendo das éguas,
Que são parte deste chão,
Percorrem este rincão,
Numa outra montaria.
Esbaldando valentia,
Fazendo de rédea o guidão

São os ciclotropeiros,
Da querência de são Chico.
Barbatidade tchê, chô mico,b
Que gauchada bagual.
Grudadito em dois pedal,
Tudo é tal estar em casa.
Tem trago e carne na brasa,
E o Rio Grande por quintal.

Saúdo a todos os amigos,
Que percorrem estes pastos.
Seja em selins ou bastos,
Nas suas montarias completas.
Todos são mesmo atletas,
Tem hipismo e bicicross.
Mais um viva a  todos nós,
E vou comprar minha bicicleta.